Pular para o conteúdo principal

Operações Sossego Público




   Sei que muitas pessoas procuram empregos, já outras criam novas atividades com a finalidade de assegurar ganhos para seu sustento. Estas novas criações procuram atingir um público que estão em busca de inovações e vão ao encontro principalmente dos mais jovens, que após suas atividades diárias, buscam locais para se divertir e passar algumas horas prazerosas, unindo assim o útil ao agradável. Noutras palavras, um casamento perfeito. Mas também sei que noutras esferas da sociedade existem situações totalmente antagônicas, onde pessoas que igualmente labutam o dia inteiro ou até mesmo aquelas que já se aposentaram, nos fins de tardes e principalmente quando a noite chega, querem mesmo é paz e o descanso merecido.

   E aí vem a importância das autoridades dos setores de fiscalização agirem visando assegurar a quem queira trabalhar, que trabalhe, a quem queira se divertir, que se divirta e a quem queira descansar, que descanse. E isto não é uma tarefa fácil de conciliar se não houver disciplina e fiscalização, ou seja, que cada tipo de trabalho tenha suas regras de funcionamento explícito em seu Alvará e que os fiscais realmente cobrem o que nele está escrito. 
   Ao se tratar de bar, lanchonetes ou restaurantes, devem possuir as “acomodações adaptadas para tal”, já as distribuidoras de bebidas, devem se ater a “distribuir bebidas” e não a praticar as funções para as quais “não estão autorizadas pelo Alvará”. Quanto aos fiscais cabe supervisionar exatamente se estes serviços estão sendo prestado corretamente de acordo com as autorizações ou não e tomar as providências inerentes a cada caso.
  Em se tratando do sossego público, as autorizações e fiscalizações devem ser criteriosas quanto aos horários de funcionamento e aos ruídos produzidos por estes estabelecimentos, que não poderão se estender nem se externar, prejudicando aos demais moradores das cercanias.
   As operações “Baladas Seguras” são importantes para a segurança do trânsito, mas não podem as mesmas autoridades que têm esta preocupação, esquecerem que o "Sossego Público" é igualmente importante para manutenção da saúde das pessoas em seus lares. E que estas muitas vezes sofrem com o problema sem saber o que fazer ou a quem reclamar.
  A Avenida Imigrante, por exemplo, esteve por muito tempo livre do barulho, disciplinada graças à força de uma ação judicial contra a prefeitura, que inclusive colocou placas proibindo o estacionamento de veículos junto ao meio-fio por toda sua extensão, entre às 22 horas e seis da manhã.
  Tudo estava indo bem até que de uns tempos para cá os moradores voltaram a conviver com sons em veículos e algazarras de seus tripulantes que passaram a “estacionar num terreno baldio”, se abastecer com bebidas adquiridas num estabelecimento ao lado e escapar assim da lei em vigor e permanecer ali com os ruídos inerentes a junções até o fim das madrugadas, quando tranquilamente se recolhem aos seus lares e vão dormir...
   As operações a favor do “Sossego Público” são urgentes e de vital importância não só aos moradores da avenida citada, mas igualmente aos residentes de outros logradouros públicos, que por ventura possuam estabelecimentos com esta mesma natureza e que possam estar passando por problemas semelhantes.
   Afinal o sol nasce para todos e não é justo alguns viverem na escuridão.
Walter Luiz Ferreira – Tecnólogo em Segurança Pública

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

COME E DEPOIS VIRA O COCHO...

     Quem nunca ouviu ou leu a citação, come e depois vira o cocho?    Acredito que a grande maioria já ouviu e sabe que este aforismo surgiu pelo fato de que o porco normalmente faz isso, logo depois que come. Mas creio que muitos não se deram conta, de que o porco age desta forma por puro instinto, na busca de mais alimento e não com a intenção de simplesmente desfazer do artefato que lhe foi útil. Diferentemente do suíno, alguns seres humanos descartam seus resquícios de modo nada sociável e nas mais variadas situações e ambientes em que vivem, servindo a estes então a colocação dispensada até então aos “porcos”.    E em nossa Cidade não precisamos ir muito longe para ver situações que nos remetem ao dito popular, atribuindo este comportamento principalmente aos nossos jovens que fumam, comem e bebem em vias públicas e mesmo estando diante de lixeiras, preferem colocar seus detritos nas calçadas e nas vias públicas. Por vezes, até mesmo ali fazem suas necessidades fisio

IPE saúde, uma vergonha

  O Instituto de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos do RS do atual governador, Sr. Eduardo Leite é uma vergonha. Não encontro, por mais que eu queira encontrar outro adjetivo para avaliar o que se tornou um Instituto que deveria cuidar da saúde de quem atende ao público do nosso Rio Grande do Sul. A péssima ideia desta administração vai levar a falência o IPE e já está levando muitos servidores a loucura (literalmente… suicídios inclusive, o que não é de hoje) por ter que retirar familiares do plano e remetê-los ao já igualmente sucateado SUS ou não poder comprar seu sustento e seus remédios do dia a dia, justamente por não suportar mais os descontos lançados em seus contracheques e sem uma reposição salarial. Vejam que neste “Projeto demoníaco”, paga mais quem ganha menos e paga menos quem ganha mais e que alcança os servidores mais perseguidos do atual governo, dentre eles, os professores, policiais militares, civis e penitenciários, que “imaginem, não tiveram nem mesmo a r

A dívida da prostituta

2 de novembro às 20:12 A DÍVIDA DA PROSTITUTA. Em uma pequena cidade turística, caiu uma chuva torrencial por vários dias, deixando a cidade praticamente deserta. Há tempo que a crise  vinha assolando este lugar ... Todos tinham dívidas e viviam à base de créditos. Por sorte, chegou um milionário com muito dinheiro, entrou no pequeno hotel e pediu um quarto, colocando no balcão R$ 1.000,00. - A recepcionista foi mostrar os quartos para o homem escolher, enquanto o dono do hotel pegou o dinheiro e saiu correndo para pagar a sua divida com o açougueiro. - O açougueiro pegou o dinheiro e correu para pagar sua dívida com o criador dos animais. - O criador pegou o dinheiro e correu para pagar o Moinho, que fornecia alimento para os animais. - O dono do moinho pegou o dinheiro e correu para pagar sua dívida com a Prostituta. - A prostituta correu para pagar o dono do hotel, que ela utilizava para levar seus acompanhantes. Neste momento, o milionário voltou c