É correto dizer que o Brasil é um País com muitas riquezas, mas que infelizmente sua distribuição de renda e forma de administrar, continua deixando a desejar.
Esta triste realidade pode ser confirmada todos ao dias, bastando acompanhar os noticiários onde estão escancarados nos meios de comunicações às distorções e desigualdades que acontecem entre pessoas de classes diferentes de um mesmo país.
Para ser mais claro, é bom ir direto aos fatos demonstrando as razões da origem deste texto, a começar pela situação que muitos de nossos trabalhadores enfrentam ao receber baixos salários durante uma vida inteira e quando chega à aposentadoria, a coisa ficar bem pior, aja vista muitos ainda sofrerem uma redução considerável em suas remunerações e que nenhum governo até hoje se quer pensou corrigir tais distorções. Tanto é verdade que a Presidente Dilma acaba de vetar projeto aprovado pelo Congresso, que daria aumento real aos aposentados que ganham mais de um salário mínimo.
Também é comum ouvir dos governos à época dos aumentos de salários, principalmente quando se refere ao Mínimo, a desculpa de que cada real aumentado no salário de cada aposentado, onera a previdência de tal forma que causa um grande transtorno para cobrir as diferenças das folhas previdenciárias, sendo na opinião destes, sempre os aposentados responsáveis pelas dificuldades da Instituição.
Pois bem, ao tratar dos próprios aumentos e indenizações dos perseguidos da ditadura, a coisa muda de figura e como muda.
Então vejamos algumas delas, como por exemplo, o aumento do teto salarial dos ministros do STF, em minha ótica, sem critérios diante da real situação do povo brasileiro e do país.
Insensato também é a lei que trata destas indenizações, aprovada ainda no governo FHC que não fixou teto, hoje permitindo pagamentos de verdadeiras fortunas pela previdência.
E esta mesma previdência que remunera mal aos aposentados, parcela em vários anos os pagamentos de suas pequenas indenizações, reconhecidamente de direito, de outro lado deixa milionários quem se opôs ao regime em épocas anteriores, diga-se de passagem que muitos deles hoje estão no poder, o que demonstra, com raras exceções, que não são tão necessitados assim como os nossos pobres e sofridos aposentados.
Isto ficou claro em lista divulgada pela Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, que analisa os casos e fixa os valores, onde determinaram o pagamento de R$ 47,7 milhões para 76 pessoas, algumas delas com direito a mais de R$ 1 milhão, chegando a R$ 2,8 milhões como indenizações.
Como exemplo disso, sito o caso de uma figura pública, o deputado Luciano Zica (PT-SP), que consta nesta lista de beneficiário de indenizações, com direito a receber R$ 1,2 milhões e mais uma aposentadoria de R$ 9,4 mil mensais.
Esta lista não foi a primeira e nem será a última, outras virão e novos milionários em breve surgirão.
Quero deixar claro que não sou contra as indenizações, mas contra as distorções nelas existentes e preocupado em não ver ninguém fazer nada para impedir ou corrigir tais abusos com o dinheiro público, portanto dinheiro de todos nós.
Se erros houveram no passado, que sejam dentro do possível, corrigidos, não sendo justo nem correto responsabilizar a todos nós brasileiros por coisas que não fizemos e ainda nos forçar a pagar a conta como estas e outras verdadeiras distorções milionárias.
Temos outros alucinantes contra-sensos, no que se refere aos gastos do Governo Federal, que nos dez primeiros meses do ano de 2004, chegou à R$ 759 milhões com passagens e diárias de seus funcionários e mais ainda na compra da tão falada aeronave presidencial que custou algo em torno de R$ 160 milhões aos cofres públicos.
Também o que chama a atenção é o fato do MST ser sustentado pelo governo federal através de cestas básicas de alimentos comprados com dinheiro público, não produzir nada, a não ser insegurança no campo, e ainda sair pelos municípios aliciando pessoas para aumentar o numero de seus integrantes como se fossem verdadeiros empregadores auto-suficientes.
Do jeito que a coisa vai, vão quebrar com a previdência, esvaziar os cofres públicos e depois ainda vão por a culpa nos pobres aposentados e nos trabalhadores brasileiros.
O último que apague as luzes, se não cortarem antes!
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