Como ainda temos liberdade de pensamento, aproveito para expor o que penso sobre a Lei 11.705 que trata da tolerância de álcool para os condutores de veículos automotores que circulam no Brasil.
Considero inadequada, inoportuna e de contextos ditatoriais, digna dos maiores ditadores de que já tivemos notícias, uma vez que mexe com todas as pessoas, suas famílias, segmentos empresariais, influindo diretamente no desemprego e na economia não só dos municípios, como também dos estados e da própria União.
Nem nos tempos de chumbo, como proferem os atuais governantes, assistimos tamanha intromissão do Estado nas vidas e nos costumes do povo brasileiro, como esta lei tem provocado.
Não contesto de maneira alguma as medidas criminais contidas nela, muito pelo contrário, as aprovo integralmente, uma vez que já existiam desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro. Portanto já estava em vigor, o que faltava eram equipamentos de qualidade e apoio das autoridades para que os agentes de trânsito efetuassem seu trabalho de combate aos desastres ocasionados por condutores borrachos.
Temos que ter em mente que os responsáveis por grande parte das desgraças no trânsito, não são as pessoas que bebem socialmente e sim os que exageram nas doses e se embriagam.
Deste modo, desprezo com veemência às medidas administrativas adotadas para modificar, ou melhor, moldar as atitudes e os costumes dos brasileiros a bel prazer de nossos representantes políticos que se acham os donos de nossas vidas ao ponto de nos conduzir como se manobra gado no campo.
A tolerância zero que deveria ser decretada é aquela que pudesse por um fim a todas as formas de violência e impunidades que se instalaram por aqui nos últimos tempos. Cito para exemplificar, os crimes contra a vida, as corrupções nos setores públicos, o tráfico e o consumo de drogas ilícitas e a ganância por dinheiro e poder, que estão, de uma forma ou de outra, na maioria das vezes, interligadas.
Esta lei de tolerância zero faz mudar de forma significativa todos os nossos costumes, uma vez que numa casa onde more somente um motorista habilitado, este nunca poderá ingerir sequer uma taça de vinho, isto por toda sua vida. Parece absurdo o que aludi, mas não é e explico:
Uma família que more no interior, onde não haja táxi por perto, como temos inúmeros exemplos destes, Brasil a fora, e por ventura um familiar adoecer, o que é normal que um dia aconteça, este motorista não poderá ter ingerido quantidade alguma de bebida, não é mesmo? E como fazer?
Em nosso dia a dia as inúmeras situações, como o futebol, o churrasquinho com os amigos do fim de semana, o jantar na casa dos amigos ou parentes, enfim tudo, mas tudo mesmo foi dificultado por ingerência deste governo (im) popular e autoritário que pode beber a vontade, pois desloca tranqüilamente todos os dias, com veículos e motoristas pagos por nós.
Que prendam, algemem e processem quem for encontrado embriagado dirigindo, mas parem com esta forma de arrecadar dinheiro e de interferir na vida deste povo tão sofrido que apenas bebe moderadamente para ter alguma alegria, já que as tristezas são tantas e muitas vezes protagonizada justamente por estes mesmos representantes políticos que tomaram tal decisão.
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Espero que outras pessoas do mesmo modo, utilizem este espaço democrático para demonstrar sua insatisfação, ou fatalmente seremos escravizados num futuro não muito distante.
É minha gente!
“Na primeira noite eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim e não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão e não dizemos nada.
Até que um dia o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada, já não podemos dizer nada.”
(Vladimir Maiakovski – poeta Russo)
Está mandando ver heinn...Ficou Legal as postagens
ResponderExcluirMuito bom!
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