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Dividir para subtrair e depois somar



Sei o quanto é difícil conseguir demonstrar para as pessoas que ainda vivem na obscuridade da realidade política brasileira, qual a fórmula adotada por nossos governantes para se manterem no poder por muito mais tempo. Por isso, vou pulverizar algumas observações que fiz para que minhas palavras sirvam como alvejante e possam assim clarear as idéias de quem não conseguiu e nem consegue entender tamanha aceitação dos governantes, não só nas “urnas”, mas igualmente nas “pesquisas” seguidamente divulgadas na mídia, apesar dos múltiplos “escândalos” envolvendo “companheiros” que advém a todo o momento.

Sabe-se, que os militares ao pressentirem a ameaça dos integrantes do PC do B, partido que vivia na clandestinidade nos anos 60, em nos impor pela força um regime aos moldes de Cuba, uniu o povo através do civismo, formando assim uma grande “unidade nacional pelo Brasil”, ou seja, o povo unido com suas diferenças, mas mesmos objetivos, como “o bem comum, a paz e a liberdade”. O que deu certo, pois foi esta integração popular que deu o suporte necessário aos militares para conter o movimento esquerdista e suas intenções maldosas para com o Brasil.



Observando a tudo isso, e, sentindo na carne terem sido derrotados por usarem a força para tentar alcançar seus objetivos naquele episódio, mudaram radicalmente seus métodos e passaram a agir com calma e inteligência, objetivando semear desta vez corretamente suas idéias e ao mesmo tempo disseminar seus aliados em lugares estratégicos, isto sem violência (pelo menos aparente) e nem alarde, para em seguida começar colher os melhores frutos, o que convenhamos, estão conseguindo com louvor, apesar de tudo...

E, a forma adotada, para quem não percebeu ainda, foi a de “dividir esta integração popular” pelas diferenças historicamente esquecidas até então, ou seja, por classes sociais, por raças e etnias, por opções sexuais, por hábitos e costumes e ainda por conflitos pela posse de terras e territórios, entre outras, habitualmente chamadas de “minorias”. Estas alusões que fiz, ajuízo servir de exemplo e ilustrar muito bem a estratégia utilizada para esta nova investida. Tanto é verdade que, até mesmo as pessoas menos esclarecidas, que sequer percebiam estas diferenças e por isso mesmo conviviam em paz e harmonia, diante de tanta exposição delas na mídia nos últimos tempos, já conseguem agora enxergá-las até mesmo com certa indignação.

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E assim, analisando dia após dia as bondades se multiplicando em defesa destas “minorias”, concluí que a tática adotada até então, realmente consistiu e ainda persiste em “dividir” cada vez mais a população por suas diferenças. Depois “subtraí-las” do contexto em que se encontravam e em seguida “somá-las”, só que desta vez já do seu lado e, uma vez somadas estas minorias, obter a “grande maioria” capaz de ditar as regras do jogo político tão cobiçado e não mais largar o osso, quer dizer, o filé da vida pública. Pensem nisso!

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