Nos
últimos tempos, sempre que o dia 31 de março se aproxima, fico a me perguntar
se devemos ou não comemorar a tomada do Poder pelas Forças Armadas brasileiras
em 1964.
Pelo que consta nos registros de nossa história, os militares só tomaram o
Poder, porque nossa liberdade estava sendo seriamente ameaçada por pessoas
dispostas a implantar no Brasil uma “Ditadura Comunista”, dos moldes de Cuba,
China e URSS.
Sendo estes, os motivos que originaram as medidas adotadas pelos militares
naquele episódio, no que realmente acredito ser a verdade, de mais razões ainda
me abastece para hesitar em comemorar ou não “o dia 31 de março” como vitória
incontestável do bem sobre o mal.
Digo isto porque muitos dos protagonistas da frustrada tentativa de nos
escravizar naquele ano de 1964 figuram hoje no “Poder” e são os responsáveis
pelas imputações de regras sempre muito bem elaboradas que avançam
vagarosamente, porém de forma ininterrupta objetivando alcançar o quanto antes
seus intentos sem, no entanto alertar os “gansos”. Se instituições de “peso”
reclamam, voltam atrás, mas se ninguém chiar vão em frente.
Portanto, é assim que agem estas pessoas que pegaram em armas, atentaram contra
a soberania nacional, mataram, sequestraram, assaltaram, enfim, cometeram
vários crimes e atos de terrorismo.
Apesar disso, foram todas anistiadas e indenizadas com verdadeiras
fortunas oriundas dos cofres públicos, ou seja, dos impostos pagos por todos os
brasileiros, os mesmos brasileiros que “eles” queriam e vejam bem, ainda não
desistiram de escravizar, como é de praxe acontecer nos países por “eles”
dominados.
Por estas e outras é que persisto na minha dúvida sobre comemorar ou não esta
data, ainda mais que percebo a caminhada deles avançarem, a exemplo de seus
“companheiros latinos”, como um verdadeiro tsunami vermelho, sem dó e nem
piedade sobre seus povos sofridos na busca do Poder Vitalício. Mesmo sabendo
que por onde passam, deixam um rastro de violência e miséria... Nossos vizinhos
que os digam!
Então nos dias de hoje, ao não ver nenhum setor da sociedade esboçar qualquer
esforço no sentido de estagnar a tudo isso, a impressão que fica é a de que se
cansaram ou simplesmente concordam que o melhor mesmo é não resistir e desta
vez tudo aceitar para ver no que vai dar.
Com a palavra, algum entendido no assunto...
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