Acredito que muitos
já ouviram falar num pássaro chamado “chupim”. Ele é muito conhecido por colocar
seus ovos nos ninhos dos tico-ticos para que estes criem seus filhotes. Esta
prática vem contribuindo drasticamente para a extinção dos tico-ticos e
consideráveis aumentos dos ditos pássaros parasitas que não querem de maneira
alguma, “compromissos familiares”.
Da mesma forma em nossa sociedade algo semelhante vem acontecendo e se alastrando por todo o País. São os chupins (des) humanos que ao saberem que fecundaram suas namoradas ou companheiras, queimam o chão em retirada deixando seu fruto para que os outros o criem. Assim, sem se importar com nada, partem tranqüilos para outras aventuras na busca de outros “ninhos” onde possam sorrateiramente colocar “seus ovos”.
Este ciclo, infelizmente vai se tornando uma rotina hereditária a exemplo dos pássaros, pois tanto na sociedade, quanto na natureza, nada até o momento tem lhes acontecido para que isto não mais aconteça.
Porém, algo parece que está mudando pelo menos na Bahia, onde os promotores de justiça tiveram a iniciativa de fazer um chamamento a todas as mães que registraram seus filhos sem indicar o nome dos “pais” na certidão de nascimento. As mães que assim procederam, estão sendo avocadas a fim de informar o nome do (i) responsável pela paternidade.
O Ministério Público ressalta que todo pai tem o dever legal e moral de registrar seus filhos e estes de conhecerem suas origens. E esta ação busca ainda tornar a sociedade mais humana, justa e igualitária garantindo assim a cidadania desta grande parcela de brasileiros que não pediram para vir ao mundo, mas que, sem dúvida alguma, merecem uma melhor sorte.
Através desta concepção, eles pretendem resolver um problema que vem sendo apontado pelos psicólogos como grande responsável por desvios de condutas de muitas crianças e adolescentes que se encontram nesta situação.
Os constrangimentos destes jovens são constantes, pois acontecem a toda a hora, tanto nas reuniões entre amigos, quanto no ambiente escolar, no clube ou onde quer que estejam. É só alguém iniciar uma conversa a respeito de família para que o problema venha à tona para estes excluídos de paternidade.
Se a iniciativa do ministério público baiano ecoar noutros estados, talvez um dia esta prática possa ser extinta, ao contrário, o que veremos num futuro próximo é parente casando com parente sem saber e uma juventude cada vez mais desvirtuada de seus ideais, por terem sido um dia, rejeitadas por seus genitores.
Portanto, não seja você mais um chupim, parasita ou vira-bosta. Com filhos e famílias não se brinca!
“Paternidade responsável, passe adiante esta ideia!
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